19 de jun. de 2010

Ana Carolina e Seu Jorge _ E isso ai _.avi




Eu gosto muito do Ricardo Gondim sim e dai???Homem sábio, inteligente, humano, sonhador, perfeito e imperfeito, mas luta contra as religiosidades,legalismos....

Sem legalismo, sem religiosidade, devemos sim ter discernimento em tudo que ouvimos, lemos, escutamos, falamos, interpretamos...e uma boa canção seja adoração, ou uma MPB ao som de um cordas(violino, violão), voz maravilhosa da Ana Carolina sim!!!!

Dores e dores
Ricardo Gondim


Algumas dores são localizadas. Outras se disseminam; tudo dói. Explico melhor. Algumas feridas só machucam no local; uma queimadura, um espinho, uma contusão, indicam exatamente o lugar e o tipo de dor. Mas há sofrimentos que se alastram de tal maneira que se perde inclusive a origem da ferida. Basta apertar onde foi machucado e sensações desagradáveis se espalham como ondas. A dor fica sistêmica. Mas isso vale não só para o físico. Há feridas da alma que são septicêmicas.

As feridas narcísicas, por exemplo, não machucam apenas em um determinado ponto. Elas se transformam em agonias integrais. Feridas narcísicas são as que vêem da infância ou quando o esforço de firmar a identidade foi frustrado. E sempre que alguém toca nessas ulcerações da alma, tudo sofre.

Por isso, sejamos sempre cuidadosos com os juízos. Podemos lacerar uma pessoa por inteiro. Os juízos são sempre temerários. Quanto menos conhecemos uma pessoa, mais rápidas as sentenças. Caso tivéssemos acesso aos dilemas mais íntimos, às disfuncionalidades familiares mais antigas, talvez usássemos de mais misericórdia quando condenamos.

O rei Davi optou ser julgado por Deus e não pelos homens porque sabia que Deus conhece os porões subjetivos do espírito, as hesitações da alma e os medos do coração. E os homens concluem com vereditos precipitados; com análises superficiais.

Zidane, o jogador de futebol francês, perdeu a distinção porque um adversário fez algum comentário danoso sobre sua mãe e irmã. Cutucado na ferida narcísica, todo o o homem reagiu. Cristo advertiu àqueles que desprezam essas sensibilidades e partem para chamar o próximo de “raca”, que significa louco. Eles são dignos do inferno.

Já constatei o estrago que uma palavra mal dada produz, pois tratei de pessoas destruídas pela dor narcísica. Não existem xingamentos ingênuos, tudo o que se fala não produzi efeitos momentâneos, mas consequências boas ou arrasadoras na autoestima de alguém. Em minha breve existência, cuidei de mulheres destruídas por comentários levianos. Conheci homens boicotados de se tornarem tudo o que podiam porque alguém, que conhecia suas feridas narcísicas, alfinetaram onde mais doía. Para destruir uma pessoa, basta lembrar malfeitos, vergonhas públicas, deficiências físicas, inadequações familiares. A música interpretada por Ana Carolina carrega uma sensibilidade especial. Ela fala de um “vendedor de flores que ensina seus filhos a escolher seus amores”. Quanta ternura! O mundo seria diferente se lidássemos com o próximo com a delicadeza de quem mexe com pétalas de rosa.



Educação, finesse e sensibilidade não vêem de berço. São construções que demoram às vezes a vida toda. Nesta geração individualista, em que as pessoas mal se preocupam com a felicidade alheia, já faltam espaços para cuidar de tantos que pedem ajuda para dores que nem eles mesmos conseguem expressar.

Zelemos com um guarda nos lábios para que nossas palavras produzam vida, nunca morte.

Soli Deo Gloria
19-06-10

OS SONHOS VOLTARAM - Ludmila Ferber e Fernanda Brum




Não Desista!

Quando tudo não der mais certo e você
achar que já tentou todas as alternativas,
não se desespere.
Deus proverá uma solução.
ELE É FIEL E TE GUARDARÁ DE TODO MAL.
Quando estiveres triste, olhe para o céu e veja
quão grande Ele é!
Se Deus foi capaz de criar o céu, imagine resolver os seus problemas...
que são pequeninos perto da grandiosa obra celestial...
SEUS PROBLEMAS NÃO SÃO MAIORES DO QUE DEUS!
Se tiveres vontade de chorar, chore!
Alivia a alma! Jamais deixe que a tristeza tome
conta de você!
Lembre-se das palavras de Jesus:
ALEGRA-TE, TEM BOM ÂNIMO,
EU SOU CONTIGO!





OS SONHOS VOLTARAM
Ludmila Ferber & Fernanda Brum
Você, aflita e arrojada
Alma cansada, desamparada
Você de espírito abatido
Que sabe o que é depressão
Que já sofreu rejeição
O Senhor te chamou
Será que você pode ouvir
Os dias da tua humilhação
Estão chegando ao fim
De agora em diante não se viverá
Daquelas migalhas que caem no chão
É hoje o começo de um novo tempo de cura e restituição
Refrão:
Os sonhos voltaram.
Os sonhos voltaram. (Eu sei, eu sinto, eu sei)
Os sonhos voltaram. (Voltaram, voltaram)
Os sonhos voltaram. (Eu te digo, eu profetizo, eu sei...)
Esse é o tempo sobre a tua vida
De agora em diante não se viverá
Daquelas migalhas que caem no chão
É hoje o começo de um novo tempo de cura e restituição
Os sonhos voltaram.
Os sonhos voltaram. (Voltaram, voltaram)
Os sonhos voltaram; Os Sonhos de Deus,
(Sobre a tua vida) a capacidade de sonhar voltou
Os sonhos voltaram, os sonhos voltaram
Os sonhos voltaram, os sonhos voltaram
Os sonhos voltaram
(Volte a sorrir, volte a cantar
Porque os sonhos voltaram.)

13 de jun. de 2010

PARA SE GUARDAR UM AMOR

Há mais de 6 anos estou sozinha, sem companheiro para acordar edar um bom dia, tomar café da manhã na padaria aos domingos, fazer caminhada na praça com filhos e cachorro ou mesmo só os dois, sem ter alguém para somar meus sonhos, meu dia-adia, para assistir um bom show, ir ao cinema, jantar em um bom restaurante ou até mesmo preparar um almoço/jantar com carinho, para esquentar os pezinhos juntos nesse frio, parar lermos e estudarmos juntos a palavra de Deus, enfim.....sozinha e por um lado Deus esteve e esta comigo eu sei, mas nãoé fácil, hoje acostumei muito bem até em ser sozinha demais, talvez eu não terei mais um companheiro para suprir quando bate uma car~encia e saudades de fazer isso tudo acima.....O fato é me acostumei a ser sozinha demais que acredito hoje que não mais saberei o que é cuidar de um amor!!!Já tive um dia um grande, tentei, esforcei para cuidar dele e morreu nas areias com o vento....que não sobrou nada para se guardar além de erros, lembranças, ressentimentos, e sim no fundo uma grande saudades de "ah...se pudesse voltar um pouco e fazer uma nova estória de amor"....
Hoje, acredito no amor sim, mas, o tempo esta voando e não sou mais jovem, e outros detalhes mais...que não consigo mais sonhar com um grande amor na minha vida!
Porém, continuo sendo tocada, sensibilizada em relação a poesia, textos, reflexões que se fala de amor, engraçado que antes sonhava com o que perdi trazendo no presente fazendo a nova estória, hoje eu posso fantasiar, e quando começo a empolgar em sonhar e acreditar que possa viver um grande amor na minha vida, logo, tudo passa, a emoção, a "viagem" e o próprio sonho.TALVEZ, TODA DESILUSÃO FOI GUARDAR ESTE GRANDE AMOR ATÉ HOJE E COM MEDO DE ACREDITAR E ME ABRIR PARA UM NOVO, PREFIRO DEIXAR ASSIM.....

Mas repasso, um bonito texto que gosto muito autora para os casais, apaixonados, e desapaixonados.....

Para se guardar um amor

A gente nunca deveria se
acostumar com o amor.
Deveríamos ter sempre essa
sensação de novo,
novidade, como se, cada manhã,
descobrindo o nascer do dia,
nos extasiássemos diante do espetáculo
como se ele jamais tivesse
acontecido antes.

Falta cuidados com o amor,
com a nobreza dele e é por isso
que ele se apaga.

O frio no estômago passa logo
que o amor toma posse,
o coração bate menos rápido com
o decorrer dos dias,
a saudade precisa de mais tempo
para ser sentida e os hábitos
se instalam.

A diferença básica entre
homens e mulheres é que a primeira
parte é mais racional,
vê e ouve somente o que quer,
se satisfaz com mais facilidade
fisicamente e a segunda... ah,
a segunda!... essa é a guardadora
dos sonhos que faz com que muitos
relacionamentos continuem até depois
que o sentimento acabou.

As mulheres trazem quase
sempre escondido no peito a
caixinha de promessas dos
primeiros encontros,
dos primeiros suspiros,
primeiras palavras trocadas,
elas guardam datas,
tentam adivinhar os desejos,
se especializam em surpresas e
esperam secretamente
ser adivinhadas.

Algo que aprendi com
o tempo foi que o amor não é um
conjunto de compatibilidades,
mas a aceitação das incompatibilidades.

Não amamos a outra pessoa quando
ela tem algo que nos agrada,
mas quando o que não nos agrada torna-se
menos importante,
mesmo se continua a existir.
O amor está na diferença do contrapeso.

É preciso,
para se guardar um amor,
ter-se a memória fraca para certas
coisas e um coração desesperadamente
atento para outras.

É preciso conhecer certos detalhes
e dar-lhes a devida importância,
apreciar o pôr do sol como se fosse
a primeira vez e se dar as mãos como
se elas nunca se tivessem separado.

:: :: :: :: :: ::

COMENTÁRIOS DA AUTORA

:: :: :: :: :: ::

O dia do amor está chegando,
como se todo dia não fosse dele.

Há corações enamorados,
apertados e outros desesperados.

Há, espalhados pelo mundo,
corações que dariam tudo para
ter o amor de volta,
outros para ter, simplesmente ter,
um amor, pequeno que fosse,
mas que dessa a emoção e a sensação de vida;
há ainda os que fazem inúmeras
promessas para não perder,
ou para tentar recuperar o que nem
se sabe se recuperação tem.

O dia do amor está chegando
e há muitos corações espalhados por
aí que nem se dão conta da sorte que têm,
do valor incomensurável que
é uma vida a dois,
com partilhas de planos e sonhos.

Aos amores adormecidos,
digo e desejo uma cosa:
que abram os olhos.

São nas diferenças que aprendemos
a conhecer o que está além de nós,
é na nossa parte diferente, mas parte,
que está 50% da nossa riqueza,
onde estão as pérolas que só um mergulho
profundo nos permite descobrir.

Gosto de falar sobre o amor,
mas às vezes me limito.
Portanto,
o que será de uma poeta se
não falar de amor,
se não desnudar sua alma ao mais
nobre de todos os sentimentos?

Obrigada a todos vocês pelo carinho,
divulgação e visitas.

Que esse domingo seja abençoado,
lindo e florido!

Fiquem no amor de Cristo e até breve,
se assim Deus permitir!

TEXTO: Letícia Thompson

8 de jun. de 2010

MINHA TERRA TEM PALMEIRAS....

Ao começar a ler este texto, eu pude fechar os olhos por instantes e lembrar da minha infância, aprendendo a ler, e sempre gostei de ler e escrever, obvio sou assumida uma mulher sonhadora e romântica...Sempre gostei de poesias, crônicas, um romance... lembrei-me, que declarava esta poesia do Gonçaves Dias, lia Castro Alves, depois vieram os mais novos( Drummond, Sabino e outros), uma pena que deixei de lado este hábito tão gostoso, sadio, o prazer de ler, compartilhar sentimentos através da leitura, quero ainda ter tempo, parar e poder sentar em um lindo lugar de paz, em volta de uma estante de livros, me envolvendo dentro de cada leitura, aprendizagem sempre.
Vejo meus filhos, infelizmente não gostam, não apreciam uma boa leitura, o menor sim, ele gosta e sempre tem seus "Diário de um Banana", "Dougs", gibis,(embora não sejam bons livros) ,mas inicia-se um gosto para começar a criar um habito, de parar, sentar, se concentrar, envolver-se com as letrinhas...
E, este texto com a poesia de Gonçalves Dias, nos faz ir mais além; com uma linda mensagem de Deus para cada um.



“Minha terra tem palmeiras (...)”



A não ser os amantes da literatura, a maioria de nós só lembra mesmo dessa frase na época de prestar vestibular. Uma pena, pois pertence a um lindo poema chamado “Canção do Exílio”, escrito por Gonçalves Dias, enquanto passava uma temporada em Portugal, lá pelos idos de 1845 ou mais. O primeiro e o último versos do poema dizem respectivamente:



"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

...



Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."



Nordestino, mais especificamente maranhense, Gonçalves Dias escreve em um momento de profunda saudade, roga a Deus, como que expressando um sincero pedido que não deixasse essa vida sem antes rever as belezas de sua terra natal.



Eu ainda não fiz tudo o que quero na vida. Ainda não saltei de asa delta, ainda não publiquei um livro, ainda não conheci a Amazônia, ainda não levei minha família para voar de balão, ainda não vi meus filhos crescerem...



Mas, além disso, ainda não falei de Cristo a todos que podia, ainda não fui corajoso o suficiente para pregar a Palavra em qualquer circunstância, ainda não ajudei a todos os que podiam contar comigo, ainda não estendi minha mão aos irmãos sem medir todos os prós e os contras, ainda não louvei a Deus de todas as formas e em todos os lugares que gostaria.



Por vezes ainda não me despi do velho homem, ainda não aprendi a demonstrar todos os Frutos do Espírito; ainda não aprendi a ser o filho, marido e pai da forma como quero ser.



Como o apóstolo Paulo descreve em sua carta aos Romanos, capítulo 7, versículo 19:



“Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.”



Nossa vida é tão rápida, tão corrida, que muitos de nossos planos se desfazem em segundos. Nossos planejamentos mudam constantemente. Não raramente adiamos algo que pensamos em fazer, pois as circunstâncias nos levam para outros rumos.



Porém tudo o que fazemos deve ser guiado e orientado pelo Pai. E, quando arriscamos sair debaixo de Sua vontade, e tentamos trilhar nossos próprios caminhos sem Sua anuência, é certo que não vamos ser felizes e realizados nos nossos intentos. Ele até permite que demos umas escapadas, e por misericórdia, protege nossa jornada, mas também permite que as coisas dêem errado, pois quer que aprendamos que o melhor é estar sempre sob Seu querer.



Todos os meus desejos devem estar submetidos à Sua aprovação. Parafraseando Gonçalves Dias: não permita Deus que eu morra sem antes ter realizado meus desejos descritos acima; mas, apenas se Ele estiver de acordo com cada um deles.

Quais têm sido nossas metas? No que estamos colocando nossos esforços? O que temos priorizado? Será que o nosso egocentrismo tem se destacado, será que temos pensado apenas em nós mesmos? Nós almejamos algo pensando coletivamente? Mais: nossos desejos têm estado alinhados com Cristo?



Podemos cantar “Quero estar ao pé da Cruz” sinceramente? Será que o que está escrito em Provérbios 11.23 se aplica a nós hoje?:



“O desejo dos justos é tão somente para o bem, mas a esperança dos ímpios é criar contrariedades”.



Que tal lembrar o que Sua palavra nos instrui no livro de Salmos, capítulo 37, versículo 4:



“Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.”





____________________________

*Enos Moura Filho é Presbítero

na 1° I.P. de Guarulhos-SP

6 de jun. de 2010

A MENINA E O MAR

VENHO COMPARTILHAR AQUI UMA MENSAGEM, UM TEXTO QUE GOSTEI MUITO,ME TOCOU E SOU SEDENTA POR DEUS, QUERO APRENDER, ESTUDAR, CONHECER MAIS E MAIS DE SUA PALAVRA, SENTIR MAIS SUA PRESENÇA, SER SENSÍVEL AO SEU SANTO ESPÍRITO.
DEIXO ESSE TEXTO PARA INICIAR A SEMANA:


A menina e o mar



Conta uma lenda que, muito antigamente, no tempo quando nem existia televisão ainda. Quando viajar era de trem e para poucos, e a vida era ganha com muita dificuldade. Era um tempo onde as crianças brincavam de jogar bola de gude nas calçadas de barro, empinar pipa e pique-pega. A vida passava tão lentamente que crescer durava uma eternidade. Telefone e farmácia se escrevia com "ph" e para ligar para uma pessoa, em outra cidade, era preciso pedir à telefonista, que se conhecia pelo nome, para completar a chamada.
Havia uma pequena menina que morava no interior, numa cidadezinha cujo nome, até hoje, nem consta nos mapas. Um lugar no meio do nada, longe de tudo, na verdade, chamar de "cidade" poderia ser considerado um exagero. Estava mais para um pedaço de estrada, com um pequeno conglomerado de casas humildes que eram utilizadas como armazéns, bares e uma pequena pousada para quem passava por ali de viagem. Mas tudo bem. Deixa como está! Vamos chamar de cidade assim mesmo.
Esta menina observava os viajantes chegarem à sua casa e falar sobre os lugares por onde passavam, contavam histórias da cidade grande, mas havia algo que sempre a deixou intrigada. Eles falavam de uma coisa chamada "mar". Para uma menina acostumada com a poeira da estrada de chão e a sequidão do sertão, onde água, quando tinha, só na torneira ou na bica. Tentar conceber a imagem de um lugar cheio de água que cobria todo o horizonte, até onde os olhos podiam alcançar, era um misto de curiosidade, incredulidade e temor.
Aos poucos, dentro daquele pequeno universo, a pequena menina foi crescendo. Um dia brincar de boneca já não era tão interessante e a vida naquele bucólico vilarejo ficava chata demais com o passar dos dias. Seu único desejo era poder sair daquele lugar para conhecer o tal do mar. Ela sempre ouviu falar sobre o barulho que ele fazia quando quebrava suas ondas nas rochas, de como conseguia engolir embarcações gigantescas e até mesmo o sol todos os dias. Ela ouvia histórias dos tesouros que o mar escondia e dos peixes que poderiam ser maiores do que a sua própria casa. A menina ficava curiosa, tentando imaginar como as pessoas conseguiam atravessar de um país para outro através das suas águas. Era uma imagem grande demais para sua pequena mente alcançar, mas mesmo assim ela se apaixonava cada vez mais por aquele sentimento. Chegava até sonhar com o que poderia ser o mar ou, pelo menos, com o que ela achava que seria o mar.
Seu aniversário de 15 anos se aproximava e ela pediu ao pai para não fazer festa. Queria uma viagem de presente. Naquela época, uma moça fazer 15 anos, era um acontecimento com porte de desfile de feriado nacional com honras militares. Mas ela estava disposta a abrir mão daquele momento tão esperado por sua família, para realizar o grande sonho de sua vida. Conhecer o mar.
O pai não teve outra escolha, a não ser cumprir o desejo da filha. Afinal eles nunca haviam viajado para tão longe juntos, e era justo realizar o único pedido da pequena filha que estava virando moça.
Viagem preparada, passagens compradas no guichê da estação de trem. Teve até bandinha para se despedir da menina no dia do seu aniversário. Era uma longa jornada até chegar no litoral, mas a menina nem prestava atenção nas paisagens que iam aparecendo na janela do trem.
— Pai, você já viu o mar?
Perguntava a menina, tentado tirar o máximo de informações do pai para construir sua própria imagem do mar. E ele tentava descrever como podia, hora rindo, hora impaciente com a quantidade de perguntas sobre o mar.
A viagem levaria uns dois dias, mas ela não se importava, valia o sacrifício para ter o sonho realizado.
Chegando o grande dia, já estavam se aproximando do litoral. A menina eufórica nem quis passar no hotel, foi primeiro para a praia. A primeira lágrima escorreu dos olhos dela. Era lindo o que via, nada do que ela imaginou era tão grande e estonteante como o que ela estava vendo e presenciando naquele momento.
— Pai, eu posso chegar perto dele?
Perguntou a menina, ao pai, sem conseguir segurar as lágrimas misturadas com o sorriso mais radiante que ele já tinha visto nela. Antes que ele respondesse, ela já corria pela areia da praia tirando os sapatos.
Ela só queria chegar perto o suficiente para descobrir se a água era tão salgada e gelada quanto falavam. Ela já começava a sentir a areia molhada na sola dos pés e de repente, a euforia se misturou com um medo que ela nunca havia sentido antes. Todas as histórias que ela já tinha ouvido sobre o mar, até então, começaram a vir à sua mente ao mesmo tempo. A violência do barulho das ondas quebrando na areia a segurou por um momento até que, calmamente, a sobra de água de uma onda avançou pela areia e cobriu seus pés lentamente. Ela levou um susto, quis fugir, mas aqueles poucos segundos se eternizaram e a paralisaram enquanto a água escorria novamente para o mar fazendo cócegas na sola dos pés da menina.
O medo aos poucos se transformou em confiança e a menina tentou chegar mais perto do mar e o mar também se aproximava dela com ondas cada vez mais fortes. Ela teria que escolher entre não provar o mar ou molhar o único vestido que tinha ganho de aniversário. Até que, sem esperar, de repente, uma grande onda a cobriu e a molhou por completo. Pronto, já não havia mais o que escolher, a surpresa da onda a fez se entregar por definitivo àquela nova experiência.
A menina finalmente encontrou o mar e o mar a encontrou também.

Em nossas vidas também é assim: Nos relacionamos com Deus da mesma forma que esta menina se relacionava com o mar. Vivemos na sequidão e expectativa de encontrar um Deus que, às vezes, só conhecemos de ouvir falar. Ouvimos o testemunho de terceiros sobre suas experiências com a regeneração, cura e perdão experimentados em Deus. Nada do que imaginamos pode chegar perto do que Ele realmente é e significa mas, muitas vezes, quando temos a oportunidade de prová-lo e conhecê-lo de fato, temos medo de molhar nossa aparência. Perdemos, então, a oportunidade de vivenciar este poder de Deus em nossas vidas. Para experimentá-Lo precisamos nos envolver profundamente.
Conhecer Deus por inteiro é a maior experiência que alguém pode desejar e alcançar em toda a sua vida. Nada se compara ao seu poder e glória, nenhum oceano consegue ser maior ou mais profundo que o amor e perdão nEle encontrados para cada um de nós.
Buscá-lo, pode ser uma longa jornada, mas quando nos encontramos com a plenitude de Sua Glória não conseguimos deixar de tocá-lo ou ser tocados por Ele. Quando encontramos Deus, ao mesmo tempo somos achados por Ele. Algumas vezes somos pegos de surpresa por Deus e depois disto não há mais como voltar atrás.
Um dia, até mesmo o mar se rendeu à Palavra Viva de seu Criador. Quem tem poder para criar e dar ordens ao mar, tem poder para trazer abundância de água a qualquer deserto. Mais que o mar, quem o criou deseja transformar a sequidão do pecado e da morte em abundância de água viva de graça e misericórdia. Permita, hoje, que a onda do amor de Deus inunde sua alma e lhe traga vida.

O Deus que pairava sobre as águas te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Pablo Massolar



Nota importante: Jesus ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. Se esta mensagem, de alguma forma, lhe fez bem, então provavelmente ela poderá fazer bem para outras pessoas que você conheça. Gostaria de sugerir, se não for constrangimento para você, que compartilhasse e encaminhasse este e-mail para o seu círculo de amigos e conhecidos. Fazendo isto você potencializa, em muito, o alcance da Palavra que já fez tanto bem aos nossos corações.
Leia outros artigos em www.ovelhamagra.com